terça-feira, 2 de novembro de 2010

O suspeito [Continuação]




Desta vez os bilhetes tinham um conteúdo diferente, palavras que me deixara mais aliviada. Bem, o suspeito escrevia na carta que não queria me fazer mau, e sim me fazer feliz. Apesar do alívio, fiquei mais confusa ainda. Aliás o que essa pessoa quer comigo? Preciso saber quem é essa pessoa.


Então lá foi eu descobrir quem é o suspeito misterioso. O primeiro suspeito encontrei na minha classe, o nome dele é Pablo Augusto e tem o perfil que mostrara o resultado menos a idade, pois ele tem 16 anos. Então suspeitei do Faxineiro da cantina, que perecia se encaixar no perfil. Fiz algumas perguntas a ele, mas pelo conteúdo de palavras do individuo, ele seria incapaz de escrever bilhetes como os do suspeito; então pensei: -As vezes o suspeito não frequenta esta escola. Mas, aonde eu o encontrarei? - Então resolvi chamar Peter para me ajudar. Peter era um vizinho meu, que de vez enquanto ia para a escola comigo. Ele era muito estranho. Enfim, resolvemos sentar em frente a minha casa para observar as pessoas que passavam e ver se encaixavam no perfil, mas, parece que é impossível, ninguém se encaixa, parece que estou procurando uma agulha no palheiro. Eu pensei em desistir, mas eu não poderia ficar com essa dúvida me apertando e me sufocando mas, pensei no Peter. Pobre Peter estava tão cansado que estava quase cochilando na grama. Então chamei-o para dentro para comermos algo, e aproveitei para desabafar algumas palavras: -Ah Peter! Tenho que te confessar algo. Eu disse. -Desabafar? O quê? -Acho que estou gostando do suspeito. Na hora em que eu disse isso Peter se engasgou com o suco e disse: -Como assim gostando? - Gostando uai! Eu estou amando ele. Sei lá é tão diferente e ele disse que não quer me fazer mau. Peter ficou muito assustado na minha opinião. Ele colocou o copo na mesa e saiu, eu o gritei e disse: O que está acontecendo Peter? Mas, ele não me respondeu.


Dois dias depois eu passo na casa do Peter para irmos à escola. Ele me acompanhou meio estranho, de cabeça baixa, não trocou nenhuma palavra comigo até eu puxar assunto: -Sabe, eu resolvi esquecer essa história de suspeito. -Como assim esquecer? Disse Peter. -É esquecer de uma vez Peter. Isso é loucura da minha cabeça eu estou perdendo meu tempo e meu amigo. -Mas, como assim? Você não pode desistir por minha causa Lucy. Não faça isso. Peter ficou desesperado, nem sei porque. Então eu disse: -Não adianta Peter eu já me decidi. Peter saiu correndo e eu não entendi nada.


Passou-se uma semana, eu não via mais o Peter, os bilhetes pararam de de chegar, e eu ia na casa do Peter mas, toda vez a mãe dele dava a desculpa de que ele saiu ou estava dormindo. Socorro! Eu estou confusa! O que eu faço meu Deus?


Segunda Feira, dez horas da manhã e um bilhete em meu armário. Meu coração acelerou, o que será?


" Vá ao auditório da escola depois da aula."


Caramba! O que eu faço? Vou ou não vou. Estou com medo! Se eu não for a dúvida me sufocará mais ainda, se eu for... Vai que acontece algo comigo!


Toca o sinal da escola, são meio dia e lá vou eu em direção ao auditório. Muito aflita eu abro a porta. -Oi! Tem alguém ai? Estava tudo escuro quando de repente ouço uma voz: -Sente-se Lucy. -Meu Deus é agora! Mas, essa voz me recorda alguém. Quem é? - Eu pensei.


-Não fique com medo Lucy, como lhe escrevi anteriormente, eu não quero lhe fazer mau eu quero apenas que me escute. - Ele disse. -Mas cadê você? Ele não me responde e diz: -Lucy, eu sou perdidamente apaixonada por você e eu se que você sente algo por mim. -Sabe? Mas como? Você me segue pelas ruas? - Não Lucy será que você não entende? Eu sempre te via indo para escola maravilhosamente linda, mas você nunca olhava para mim. Resolvi então me aproximar de você, mas você quase não tem tempo para mim, então pensei em te falar isso discretamente. Foram meses planejando esses bilhetes, foram dias criando coragem. -Mas porque você não me disse isso pessoalmente? -Porque pessoalmente você não iria me notar. Eu espero que você não fique com raiva de mim, mas é que eu te amo. -Ei! Eu já sei. Como eu não tinha pensado nisso? Nossa eu sei quem você é, mas como? vo..você.. - Sim sou eu o Peter. Na hora em que ele apareceu levei um choque emocional. - Mas porque Peter? Eu disse. -Eu pensei que você gostara muito de conversar comigo por isso te evitava. -Não! Não Lucy eu nunca... -Então você me ama mesmo Peter? -Muito Lucy! -eu já te disse não é? Que eu... -Que você me ama? Não -Eu te amo Peter. Ninguém nunca fez eu ficar tão aflita, tão boba e apaixonada que nem você. Pronto! Foi ai que rolou o beijo. Como eu não pensei nisso? Loiro, Estatura média, de 18 à 21 anos. Meu Deus! Essa foi a forma mais estranha e mais linda de se construir uma história de amor.


Enfim, depois disso eu e Peter estamos felizes até hoje e vamos nos casar daqui à 6 meses.


Meu nome é Lucy, tenho 17 anos e sou completamente apaixonada pelo suspeito.